Após exercitarmos nossa criatividade e um pouquinho de matemática com as possibilidades do Print, agora vamos realmente começar a estudar programação.
Hoje seria aquele dia especial de explicar o que são e como funcionam as famosas variáveis do mundo da programação, mas para deixar as coisas mais interessantes e animadoras, vamos deixar isso para o próximo artigo.
Então, o que faremos hoje?
Faremos a máquina interagir com você.
Legal, né? É, eu sei. Mas antes disso, vamos falar um pouco sobre entrada e saída de dados, também conhecida como troca de dados ou troca de informações.
O que são Dados?
Dados são qualquer tipo de informação que nós enviamos ou recebemos das máquinas. Sejam eles textuais ou numéricos, binários ou gráficos, estáticos ou dinâmicos… Se há algum tipo de informação sendo trocada é um tipo de dado.
As máquinas também trocam dados entre si. Bons exemplos disso são os sistemas bancários, envio de e-mails, redes sociais e por aí vai…
Quando as máquinas nos enviam dados?
Quando elas enchem nossas telas de informação, elas estão nos enviando dados. E esses dados enviados pelas máquinas para nós humanos ou delas para outras máquinas são denominados e conhecidos como Dados de Saída.
Esses dados também podem ser de áudio, gráfico, vídeo, etc…
Bons exemplos disso são os monitores, impressoras e fones de ouvidos conectados em um computador. Não é atoa que eles são conhecidos como Dispositivos de Saída.
Quando nós enviamos dados para as máquinas?
Quando interagimos com as máquinas enviando som e vídeo e/ou usando teclados, mouses, gestos, toques, comandos de voz, etc. estamos enviando dados para as máquinas.
E essas informações enviadas para as máquinas são denominadas e conhecidas como Dados de Entrada.
Bons exemplos disso são o teclado, mouse e microfone conectados em um computador. Não é atoa que eles são conhecidos como Dispositivos de Entrada.
Com tudo isso esclarecido, vamos a entrada e saída de dados na programação.
Input e Output
Input são os Dados de Entrada e Output são os Dados de Saída no mundo da programação.
Por tanto, Pense com cuidado e responda com certeza: a função Print da linguagem Python que usamos até agora para exibir informações na tela é uma função de entrada ou saída de dados?
Tick… Tack… Tick… Tack…
Espero que você tenha acertado e respondido que ela é uma função output, ou seja, de Saída de Dados da linguagem Python.
E agora que já sabemos com certeza disso, vamos para a função de Entrada de Dados da linguagem Python.
Qual é a função de Entrada de Dados da linguagem Python?
É a função Input. E ela é chamada assim:
input()
Na programação costumamos denominar e conhecer a maneira de escrever e usar as coisas como sintaxe.
Então, quando você ouvir alguém dizer algo do tipo: a sintaxe de blablabla é assim, é a maneira de escrever e usar o blablabla.
Qual a sintaxe da função Input?
input(argumento)
E esse tal de argumento aparecendo aí de novo e ainda não falamos sobre o que ele é…
“Pois é, pois é, pois é”.
Nós vamos nos aprofundar em argumentos quando falarmos sobre a criação de funções, mas para termos uma noção básica do que é um argumento, podemos dizer que ele é a informação dada para a função poder executar o seu trabalho.
Por isso que na programação é muito importante que o programador se atenha a todos os detalhes, tanto na hora de ler quanto na hora de escrever um código. Uma letra, número ou símbolo incorretos e tudo pode dar errado ou funcionar de uma maneira indesejada.
Um argumento dado para a função com algo errado provavelmente a fará não funcionar ou dar um resultado totalmente equivocado.
Evite copiar e colar: aprenda a digitar corretamente as sintaxes que você já estará um passo na frente dos seus concorrentes. Isso porque muitos programadores hoje trabalham na base do copia e cola e do arrastar e soltar.
Treine bastante os exercícios e se surpreenda com o quão longe pode ir se você for persistente.
Agora, abra seu editor de textos favorito, de preferência um editor leve e que não seja cheio de frescuras.
Qual o seu nome?
Opa, eu já sei, mas a máquina não sabe e é com ela que você vai interagir agora. Ou, no caso, é com você que ela vai interagir.
Com o editor de textos aberto, vamos digitar as suas primeiras linhas de código para criar o seu primeiro script em Python.
A linguagem Python denomina um arquivo só com linhas de código como um Script.
Mais de um arquivo de código, ou seja, mais de um Script torna-se o que já conhecemos como código fonte.
Leia as linhas de código a seguir com atenção e depois as digite no seu editor de textos.
print(“Oi!”)
print(“Qual o seu nome?”)
nome = input()
print(nome,” parece ser um nome legal.\nTchau!”)
Após digitar, salve o arquivo com o nome “nome.py” (Sem as aspas.)
Por agora, não coloque caracteres especiais e nem acentuação nos textos. Caso você coloque, ao executar o arquivo o Python dará erro porque o arquivo não declara o tipo de caractere que está sendo usado.
Crie uma pasta para guardar o material usado e criado nos seus estudos.
Uma pasta chamada “dev” (Sem as aspas) no disco local C: é uma boa alternativa. Quanto menor o caminho da pasta, mais fácil e rápido de digitar na linha de comando.
Copie o arquivo nome.py para lá e dê Enter nele. Se tudo deu certo, abrirá uma janela do Python te dando oi e perguntando seu nome.
Experimente digitar seu nome e dar Enter. Ele mostrará mais duas mensagens na tela e a janela fechará.
Mas muita calma nessa hora e não me xingue ainda. Vamos fazer a mesma coisa, só que de forma diferente.
Vamos usar o PowerShell do Windows que, resumidamente, é um terminal de linha de comando.
Com ele aberto e já na pasta onde você salvou o arquivo nome.py, digite nele:
python nome.py
Se tudo deu certo, ele executará o script e o leitor de telas falará as mensagens corretamente.
Fizemos o nosso primeiro Script e testamos o mesmo, então vamos as explicações de cada linha de código.
As duas primeiras linhas que usam a função Print não possuem nada de novo. Você já deve ter se acostumado com isso.
Agora a linha: “nome = input()” é pura novidade.
Lembre-se que a função Input é uma função de Entrada de Dados. Ou seja, ela recebe os dados informados pelo usuário do Script, Nesse caso você.
Como a máquina quer saber o nome de quem executou o script, usamos o Input para coletar a informação digitada pelo usuário.
Que maravilha! Nem tanto. O Input só coleta o que o usuário digita, não armazena. Isso porque ele precisa ficar livre para coletar mais informações quando for necessário.
Como o Input não armazena o que recebe e precisa compartilhar o que coletou com outras funções da máquina, ele precisa de uma variável para guardar a informação enviada pelo usuário.
Para isso, usamos a variável chamada nome.
E sim, logo veremos tudo sobre variáveis. Por agora, imagine que ela é sua gaveta que tem de tudo um pouco e vamos em frente.
Resumo até o momento, o Input coletou os Dados de Entrada digitados e enviados pelo usuário e os armazenou na variável chamada nome.
Sendo “nome” uma variável, ela pode ser manipulada por outras funções do script, o que acontece na linha seguinte de código onde o print exibe na tela o valor da mesma. Ou seja, o que o usuário havia digitado.
Além disso, mudamos de linha sem precisar usar duas vezes o Print usando o \n.
Explore as possibilidades. Perceba que da maneira que está o código atualmente você pode digitar qualquer coisa como nome, inclusive números.
Como exercício, faça o script perguntar o sobrenome do usuário também.
Brinque com as possibilidades, crie outra variável para o sobrenome ou use a mesma, mas mostre o nome e sobrenome no último Print.